Welcome

Textos, histórias, fantasia... Realidade. O que você querer, vai encontrar aqui!

Se traduza

sexta-feira, 1 de abril de 2011

System Of A Down


1993, o ano onde os sonhos começaram, onde uma das melhores bandas de metal acabara de nascer, System of a Down!

No suposto ano, Serj Tankian, vendedor de softwares conhece Daron Malakian em um estúdio, durante um ensaio, todos os dois de origem armênia e com pensamentos políticos parecidos, resolveram então criar uma banda chamada Soil (solo), formada por Serj Tankian, Daron Malakian, contando ainda com Odadjian como o "manager" e baixista da banda, e tendo o baterista Andranik "Andy" Khatchadurian, substituído por Dolmayan em 1995, ano em que Shavo se fixou como baixista permanente, deixando a posição de manager. Dessa forma, estava composto o grupo tal como o conhecemos hoje.   

Há de se destacar a competência do vocalista. Além de frontman carismático, ele alterna vocais melódicos e guturais, gritados e melódicos, engraçados e soturnos, com absurda facilidade, consagrando-se tranqüilamente como um dos melhores vocalistas de rock da atualidade. Mais uma semelhança com Mike Patton... e, se o FNM coverizou o Sabbath, tocando War Pigs ao vivo, em versão antológica, o SOAD também tem em seu currículo uma releitura sabática. É Snowblind, numa versão esquizofrênica e criativa. Descontrução e reconstrução do clássico da banda que inventou o Heavy Metal.
Quanto aos trabalhos em si, a banda mantém coerência, lançando ótimos discos, sem grandes distorções de um para o outro, no que se refere à qualidade dos trabalhos. Malakian, de sua juventude, curtia Randy Rhoads e Eddie Van Halen, mas cita gente como Jerry Garcia, Carlos Santana, Jimmy Page e The Edge, como músicos que usam poucas notas para dizer muito, e confessa que muito de sua musicalidade recebe influência dos solos melódicos, com estilo árabe, de Dave Murray e Adrian Smith, guitarristas do Iron Maiden.
Defensores dos armênios (povo vítima de genocídio cometido pela Turquia, em 1915), e pouco tolerantes a guerras e violência, explodem em fúria contra os matadores legitimados pela política canhestra e demente que domina o mundo, e mesmo os Estados Unidos. Muitas das letras dizem respeito à violência política e moral de nosso tempo. Além de densas e tensas, as letras são, por vezes, de entendimento difícil, visto que não são escritas de forma tão direta quanto uma música punk tradicional, por exemplo. Mas é possível perceber a escória da sociedade em cada linha. “Humanos em todo lugar / enlatados, pessoas clichês não conseguem ousar”, sobre apatia (CUBErt); “Genocídio de uma raça inteira / levando embora todo o nosso orgulho”, obviamente sobre a Armênia (P.L.U.C.K.); “Batalhões de policiais revoltados / com beijos de balas de borracha / bastão de cortesia / serviço com sorriso”, ironizando a polícia em Deer Dance, além da já clássica “Boom!” (“Toda a vez que você solta a bomba / você mata seu Deus, seu filho nasce”), entre outras, de temáticas diversas, não se atendo apenas às guerras, claro.
Resumo da ópera: banda realmente criativa e inovadora, só de dez em dez anos. Aproveitem, pois o momento é mesmo do SOAD, um grupo que vale a pena conhecer, e que trabalha também algo que anda meio perdido no mundo do rock, hoje: contestação, preocupação social, de forma bem feita, não como mero repetidor de tendências já um tanto ultrapassadas. Metal, punk, melódica, cênica, política, sarrista.
Lançaram cinco álbuns de estúdio, oito singles e dez vídeos musicais. No final de 1997, o grupo assinou com a American Recordings, mais tarde distribuída como Columbia Records. No ano seguinte, lançaram o seu álbum homónimo de estreia, que atingiu o 124º lugar na Billboard 200 dos Estados Unidos e o 103º posto no Reino Unido. Foi certificado com Platina dois anos mais tarde pela Recording Industry Association of America (RIAA), e Ouro pela Canadian Recording Industry Association (CRIA). O álbum homónimo produziu um single para a canção "Sugar", que atingiu o top 30 da Billboard Hot Mainstream e Modern Rock Tracks. O álbum seguinte,Toxicity (2001), chegou ao topo das tabelas norte-americana e canadiana, e entrou também no top 10 na Austrália, Finlândia e Nova Zelândia. O álbum foi certificado de tripla Platina no seu país natal e também na Austrália pela Australian Recording Industry Association (ARIA), enquanto que no Canadá recebeu a dupla Platina pela CRIA. Toxicity teve singles para afaixa título, "Chop Suey!" e "Aerials". Esta última atingiu o nº1 nas tabelas Billboard Hot Mainstream e Modern Rock Tracks.
Steal This Album! (2002) falhou em repetir o sucesso do seu antecessor, chegando ao top 20 somente nos EUA e Austrália. Três anos mais tarde, o grupo produziu um álbum duplo, tendo as duas partes sido lançadas com seis meses de diferença. A primeira, intitulada Mezmerize, foi lançada no início de 2005, conseguiu o 1º lugar em nove países e foi certificada com tripla Platina no Canadá, e Platina nos EUA e Austrália. O primeiro single do álbum, "B.Y.O.B.", chegou ao 27º posto na Billboard Hot 100 e ao 26º na UK Singles Chart. O single seguinte, "Question!", atingiu o top 40 na Irlanda e Reino Unido. Mais tarde nesse ano, a banda lançou a segunda parte do álbum, Hypnotize. Tal como o seu predecessor, o álbum chegou ao primeiro lugar nos EUA, Canadá, Finlândia e Nova Zelândia. Os System of a Down são a primeira banda desde The Beatles a lançar dois álbuns directamente para o 1º posto nos EUA no mesmo ano. Hypnotize foi certificado com Platina nos EUA, e Ouro na Austrália, Alemanha e Suíça. Teve dois singles, a faixa título e "Lonely Day", que atingiram o 4º e 16º lugares na tabela de singles finlandesa, respectivamente. Em 2006, o grupo entrou em hiato e, desde então, todos os membros iniciaram trabalho em projectos paralelos.
Em 29 de novembro de 2010, o System of a Down anuncia em seu site oficial que fará alguns shows Na Europa em 2011 .
 A banda enfrentou um processo da empresa britânica, Maxwood Music. Esta reivindicou um ganho de 50% na composição da música "B.Y.O.B.", dizendo que comprou os direitos do suposto co-autor da canção Casey Chmielinski (Chaos). Maxwood processou o guitarrista Daron Malakian, o cantor Serj Tankian e a empresa deles, Malakian Publishing e Shattered Mirrors Publishing. Casey alegou ter co-escrito a canção em meados de 2002-2003, quando Malakian e Chaos tinham um pequeno projeto (Scars on Broadway).
O processo foi lançado em 2008 e teve o julgamento iniciado em novembro de 2009. Contou com os testemunhos de Malakian, Dolmayan, Chmielinski e Zach Hill, que na época era o baterista da banda Scars on Broadway. No julgamento, Chmielinski teve problemas ao lembrar datas e fatos importantes, além de apresentar provas falsas. O juiz ainda alegou que a única semelhança entre a demo (com pouco mais de 1 minuto) gravada em 2002 e B.Y.O.B. é o riff inicial, pois a letra e o resto da melodia são totalmente diferentes, além de terem sido criadas por Malakian. Outra prova de que Chmielinski estava mentindo, era o fato de que Tankian pode provar que a letra de B.Y.O.B. surgiu, em parte, de dois poemas que ele escreveu (War that no one Won e um poema sem nome).
Malakian decidiu dar 2% dos direitos autorais para Casey Chmielinski, porém, não contente, Chmielinski decidiu exigir 50%, fato que fez com que Malakian retirasse a proposta dos 2%. Sendo assim, o Juiz concluiu que a história de Chmielinski era "inconsistente e não corroborada" e que Tankian e Malakian são os únicos autores de B.Y.O.B. O processo foi concluído em 17 de maio de 2010. Atualmente, o System of a Down divide a posse dos direitos autorais de suas músicas igualmente (25%) entre os membros da banda, indiferentemente de quem realmente as escreveu.

Nenhum comentário:

Postar um comentário