Mais um dia, menos um sentimento, agora estou me conhecendo por completo, agora eu sei de onde vem minha frieza... Da solidão.
É estranho sentir-me só, vazia; sempre estive rodeada de pessoas, falsas ou verdadeiras, amigos ou desconhecidos, sempre havia algo para preencher-me, algo que me aquecesse por dentro. Mas não há nem esperança.
No meu mundo particular, cheio de estranhas fantasias, idealizo pessoas perfeitas, que me amem até no meu jeito de odiá-las, que me odeiem por me amar demais; que eu me sinta pequena para o tamanho de seus sentimentos e gigante pelo tanto de veneração que recebo.
Porém, ao acordar desse meu mundo desconhecido por muitos, percebo que não sou pequenina e nem ao menos gigante. Noto que o medo impera dentro de mim; medo de me doar e dar uma confiança que não pode ser recíproca.
Com acanhamento conheço pessoas das quais eu creio poder contar, e torço para que as mesmas tenham habilidade suficiente para descobrir que sou feita de mistérios não de segredos. Minha feição, meus gestos, meu sorriso, são porta-bandeiras de mim.
Só uma dica ao me conhecer, 'não se perca ao entrar, no meu infinito particular.
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