Uma mancha escura começa a proliferar-se sob meu peito, uma angustia, uma ausência de oxigênio, taquicardia, uma dor que só eu sei.
Um muro paira à minha frente, uma sombra da qual não preciso, uma barreira da qual não consigo atravessar, um sentimento do qual eu não devo seguir, aquele que apareceu em um momento inoportuno, em um momento de solidão.
Essa mancha se espalha como uma infecção, na qual a bactéria tem seu nome, e faz-me cambalear a cada passo desalinhado. Um pesar que me faz bem por ocupar minha mente, os meus movimentos, a minha alma.
A cada minuto em que você divide o mesmo espaço que eu é como se fosse se reintegrando a mancha, como se nada ao redor existisse, só você e eu.
Mas, as poucas horas em que nos dividimos atenções se acabam em um sinal de ‘até amanhã’, o qual sempre demora pra chegar, ou melhor, nunca chega.
Você é o único que pode limpar essa mancha em meu peito, o único que pode dizer sim e mudar um todo dentro de mim.
Toda a culpa, da minha dor à minha alegria é sua, só você pode mudar essa realidade... A minha realidade!
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